sexta-feira, 29 de maio de 2009

Origem dos Rezendes

Rezendes Inconfidentes

Adriana Fernandes Rezende Março/2002

Pela importância histórica dos Rezendes envolvidos na Inconfidência Mineira e posteriormente na legislatura mineira, não poderíamos deixar de citar o capitão José de Rezende Costa e seu filho de mesmo nome.

Capitão José de Rezende Costa, o pai

Filho de João de Rezende Costa (primeiro Rezende a aportar no Brasil) e da ilhoa açoriana Helena Maria de Jesus, nasceu em 1728, na freguesia de Prados, Comarca de Rio das Mortes, e faleceu na África em 1798. Casado com Anna Alves Pretto (açoriana, filha de D. Diogo de Lara), morava em sua fazenda Campos Gerais da Laje, que possuía engenho, moinho e senzala, além de uma vasta biblioteca. Era capitão do Regimento de Cavalaria Auxiliar da Vila de São José do Rio das Mortes. Tinha casa no arraial da Lage, cidade que hoje leva seu nome (Resende Costa-MG). Por envolvimento na Inconfidência Mineira, foi, junto com seu filho, condenado ao degredo em Bissau, na Guiné Portuguesa, e depois transferido para a Ilha de São Tiago de Cabo Verde (África), onde faleceu. Lá, exerceu o ofício de contador e inquiridor, dentre outros.

Conselheiro José de Rezende Costa, o filho

Nascido em 1765, na freguesia de São José do Rio das Mortes, e falecido no Rio de Janeiro em 17/06/1841, era o mais novo dos Inconfidentes e único não-sacerdote a voltar do degredo. Tinha 24 anos quando se envolveu na Inconfidência Mineira. Atrasou sua ida para Universidade de Coimbra, por pretender cursar a universidade projetada pelos conjurados. Após dez anos na África (1793-1803), exercendo cargos no governo de Cabo Verde, obteve licença para passar a Lisboa em 1804, onde serviu em outros cargos. Foi para o Rio de Janeiro em 1809, a chamado do príncipe regente, onde foi encarregado de tudo que era relativo a diamantes. Em 1821 foi eleito deputado para as Cortes Portuguesas por Minas Gerais, sendo também deputado na Assembléia Constituinte de 1821 e 1823, e na primeira Legislatura Ordinária em 1826. O prédio da Assembléia era a antiga Cadeia Pública de Vila Rica, e os debates legislativos travavam-se no mesmo lugar onde 31 anos antes ouvira sua condenação. Em 1827 obteve sua aposentadoria e o título de Conselheiro do Império. Em 1836 escreveu uma memória histórica sobre diamantes, seu descobrimento, contrato e administração. Em 1840 foi eleito Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, quando então escreve sua versão da Inconfidência, comprometida pela situação política do país e por suas amargas lembranças. Sepultado na Igreja de São Francisco de Assis, em 1850, seus restos mortais foram transladados para o Cemitério do Catumbi, Rio de Janeiro. Deixou dois filhos: Antônio Pereira de Rezende e José Pereira de Rezende.

Publicado pelo site www.bomdestino.com

3 comentários:

  1. Parabéns Romi! Muito bacana seu blog.
    Eu estou muito estagnada com a minha genealogia, vc é um bom exemplo. obrigada pelo "tapa com luva de pelica", rsrsrsr.
    Beijão.
    Rosana

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  2. Gostei do seu blog. Saiba que há descendentes de José de Rezende Costa em Cabo Verde, veja aqui:

    http://www.barrosbrito.com/29.html

    Saudações

    Jorge Brito

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